Tínhamos à nossa disposição dois percursos à escolha, o Alvalade – Porto Covo com 70km ou o Alvalade – Porto Covo – Alvalade com 120km. Neste caso a escolha foi bastante fácil e imediata, fomos para os 70km! No entanto, esta escolha traz alguma logística extra e que não é comum nas provas em que costumamos participar: A Chegada está a 70km de distância da Partida. Tivemos então de ir no dia anterior a Porto Covo deixar um carro para termos transporte de volta no dia seguinte, isto porque a organização não disponibiliza qualquer tipo de solução para quem parte de Alvalade e termina em Porto Covo. Quer dizer, até disponibiliza um trajecto de BTT de volta, mas isso é só para quem conseguir fazer mais 50km.
Chegámos à partida pelas 8 horas, ainda a tempo de tomarmos o pequeno almoço oferecido pela Organização. Ali fomos bombardeados pelo som altíssimo e estridente que saía de umas mega colunas mesmo ao nosso lado, o que ajudou a acordar o grupo. Não vou falar do cigarro que fumámos com o café, e lá para as 8:40 dirigimo-nos para a partida.
Antes do inicio da prova, à nossa frente não deviam estar mais de 300 e lá atrás estavam os restantes 1600 . E às 9 em ponto deu-se inicio ao tão aguardado Alvalade – Porto Covo.
O que nos esperava era isto:
Com 70km de distância é um percurso longo, mais do que fazemos normalmente, mas por outro lado o acumulado de 660metros não é demasiado agreste.
Os primeiros 40 a 50 km são bastante fáceis e permitem rolar bem, manter-se uma boa média e ir aquecendo sem ter de se fazer grande esforço, e iniciam-se com algum alcatrão,o que permite que o grupo se estique de acordo com as capacidades de cada um.
Passagem pelos Arrozais |
Sabíamos que alguma vez se ia ter de subir, isso aconteceu pouco depois do quilómetro 45 e prolongou-se por mais de 6km. Ao mesmo tempo que o sol começava a queimar apareceram os primeiros trilhos sob densa vegetação que nos deram uma bela sombra.
A Travessia do Amazonas |
No topo, a 300metros e ao quilómetro 52, já se avistava o mar e Porto Covo.
Esta miragem dá-nos logo energia para continuar pois sabíamos que, mais cedo ou mais tarde iria ser sempre a descer!!!!! E desceu-se bastante, e quando se pensava que o fim estava já ali, começou-se a sentir o vento de frente e as bolsas de areia uma a seguir às outras….
Uma chegada que aprecia fácil, conseguiu-se complicar um pouco.
Passagem pelo porto de abrigo |
E mesmo, mesmo, mesmo antes de se chegar à tão sonhada meta tivemos ainda de “escalar” uma parede com uma inclinação absurda! Mas lá se chegou ao fim, um pouco cansados, empoeirados e empenados.
Todos empenados |
E para quem queira repetir este trilho de BTT, aqui fica o apontador para o Wikiloc:
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